Compositor e acordeonista, Fernando Ávila é uma das figuras talentosas do cenário musical gaúcho.

Desde 2008 se dedicando ao instrumento, o músico tem conquistado ouvintes e construído uma bela carreira não só como um grande instrumentista, mas também por realizar encontros entre acordeonistas dos mais variados estilos, desde o regionalismo, jazz e música de concerto.

Graduado em Música Popular pela UFRGS, Ávila lançou recentemente seu primeiro trabalho solo, A Lua de Santiago, e foi também um dos integrantes do grupo Arte Gaúcha.

Conheça um pouco mais sobre a história deste grande profissional da música na entrevista que o Conversas em Compasso realizou.

Boa leitura!

Foto: Giovani Vieira

Como e há quanto tempo você iniciou nesse imenso mundo da música?

Eu iniciei meus estudos musicais há 11 anos, em 2008. Em 2004 meu irmão mais velho conseguiu um acordeon emprestado com a minha cunhada e perguntou se eu teria interesse de aprender e respondi que sim, mas fiz poucas aulas e desisti.

Em 2008 é que eu comecei realmente a me dedicar ao estudo da música e do acordeon, em Montenegro / RS, na Fundação Municipal de Artes de Montenegro – FUNDARTE, com o professor Adriano Persch.

Quais são as suas influências, e o que inspira você no seu trabalho?

Toco acordeon porque cresci ouvindo música tradicionalista, música regional do RS, isso influenciou muito meu gosto pelo acordeon/gaita/sanfona.

No decorrer dos estudos fui ampliando meus horizontes sonoros e passei a conhecer acordeonistas estrangeiros, bem como outros instrumentistas, mas minhas principais referências no acordeon são Albino Manique, Oscar dos Reis, Edson Dutra, Irmãos Bertussi, Luciano Maia, Frank Marocco e Richard Galliano. Por outro lado, também são minhas influências Astor Piazzolla e Luiz Gonzaga.

O que costuma escutar em casa?

Sempre estou ouvindo música em casa. Gosto de ouvir Piazzolla, Bee Gees, Richard Galliano, Bach e outros compositores do período barroco. Hoje eu estava ouvindo o Concerto n°2 para piano e orquestra de Sergey Rachmaninoff, é o meu concerto para piano preferido, algo de se emocionar muito.

De onde veio a inspiração para criar o belíssimo disco A Lua de Santiago?

A inspiração inicial foi gravar minhas composições em formato de música de câmara, com quinteto de cordas, baseado no trabalho do acordeonista paulista Toninho Ferragutti, e de letra baseado no trabalho antecessor de Sivuca. Porém, o nome do CD só surgiu quando o menino Santiago, filho do meu amigo Róger Wiest, mostrou a lua cheia no céu em um final de tarde.

Aquele momento me marcou bastante porque se tratava de uma criança de 3 anos de idade chamando a atenção de um adulto para contemplar a beleza das simples coisas. É o olhar infantil sobre a vida.

Além disso, Santiago recebeu este nome por causa do personagem do livro O Velho e o Mar, de Ernest Hemingway, o que me fez mergulhar no livro e buscar inspirações para a campanha de financiamento coletivo do meu disco, pois a vida do pescador Santiago atrás do seu grande peixe é como a vida do músico atrás da realização do seu trabalho.

Como é para você desenvolver melodias, harmonias e todo o processo criativo musical? De onde surgem as ideias para uma música? Há como citar algum exemplo?

Preciso ter tempo pra criar algo, sou muito demorado. A maioria das músicas do CD surgiram a partir de trabalhos de harmonia desenvolvidos no âmbito do curso de música da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com os ensinamentos do falecido e memorável professor Fernando Mattos.

Eu sempre busco colocar em prática numa composição algum elemento novo que eu tenha aprendido e queira desenvolver, então criar algo é uma forma de assimilação de um conteúdo musical.

Algumas músicas eu componho com meu amigo Felipe Martini, e também teve a peça que dá título ao CD que foi composta em parceria com o maestro João Paulo Sefrin.

Como foi a receptividade do seu álbum?

Quem conhece o meu álbum acaba gostando. Não é uma sonoridade convencional para quem é adepto da gaita sulina.

Quem é muito admirador de música tradicionalista pode não gostar, mas eu atinjo outro público não costuma ouvir acordeon, é o público que gosta de música de concerto, enfim, que gosta de música.

Ainda falta muita divulgação, não consigo fazer tudo, mas aos poucos vou rodando com o CD, pois algumas oportunidades de concerto vão surgindo por causa dele.

Um exemplo são os dois concertos que irei tocar junto à Orquestra de Câmara da Unisc, agora em maio, nas cidades de Ijuí e Santa Cruz do Sul.

Em setembro tocarei um concerto com o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, importante grupo camerístico do país.

o-acordeon-de-fernando-avila

Com harmonizações complexas e arranjos de cordas, o resultado do disco ficou excelente. Qual foi a parte mais marcante no desenvolvimento deste trabalho?

Todo o processo de concepção e realização do projeto do CD foi marcante. A campanha de financiamento coletivo me desgastou muito, pois as pessoas ainda não têm consciência do valor que se deve dar ao trabalho artístico.

É muito fácil desejar boa sorte e sucesso em comentários do Facebook, mas dar-se o trabalho de apoiar o projeto no site por um valor mínimo de R$10,00 pouca gente faz.

Todavia, no final da campanha tive mais de 140 apoiadores, o que me alegrou muito, pois muitas pessoas não me conheciam.

E para citar algo que sempre lembro quando paro para pensar no período de gravações do CD, relato aqui as viagens de trem, de São Leopoldo até Porto Alegre, e depois as viagens de uber até o estúdio Dreher, no bairro Bom Jesus.

Durante estas viagens eu ia lendo o livro Um Estranho no Ninho, de Ken Kesey, e adentrava nas agruras da vida de pessoas internadas em um hospital psiquiátrico americano da década de 1960.

Você é conhecido também por ser um instrumentista virtuoso. Pode revelar os segredos para dominar o acordeon?

Se alguém me considera virtuoso, é uma pessoa muito generosa e bondosa. Não me considero virtuoso no acordeon, mas depende do conceito de virtuose.

Geralmente designamos este termo para pessoas que detém muitas habilidades no manuseio do instrumento, sobretudo habilidades de velocidade, o que não é o meu caso.

Acredito que há outros tipos de virtude musical, como, por exemplo, a expressividade, o asseio na articulação das notas e uma desenvoltura na agógica.

Quem tem estas habilidades, ao meu ver, também é um virtuose. É essa virtuosidade com a qual eu mais me identifico.

Como é ser indicado Prêmio Açorianos de Música 2019 na categoria Revelação do Ano? Você já esperava esse reconhecimento?

Fiquei muito feliz com a indicação, pois é um reconhecimento. Infelizmente não fui premiado.

Sinceramente, eu esperava mais indicações ao CD A Lua de Santiago. O trabalho do diretor musical e arranjador Felipe Adami foi fantástico, uma aula de arranjo para acordeon e cordas.

O trabalho dele deveria ter sido reconhecido e não foi, mas o que podemos esperar de um júri que não é composto por nenhum músico, apenas por jornalistas e produtores?

Não estou desconsiderando a qualidade dos jurados, estou criticando a organização do Prêmio Açorianos. Você já viu algum prêmio de jornalismo onde os jurados não são jornalistas, mas são músicos?

Muito relacionado às musicas tradicionalistas, o acordeon é um instrumento que por vezes acaba ficando um pouco fora dos “holofotes”. Como você o vê no cenário musical atualmente?

Vejo que o acordeon vive outro período áureo no Brasil e quiçá no mundo.

O primeiro momento áureo do acordeon no Brasil foi nos anos de 1950 até a década de 1970, concomitantemente com o sucesso de Luiz Gonzaga e o surgimento do Tradicionalismo no Rio Grande do Sul, depois a guitarra e tudo que veio no bojo dela (Jovem Guarda, Rock and Roll) suplantaram o acordeon.

Dos anos 2000 pra cá, o acordeon retomou seu espaço de destaque por uma série de motivos.

Veio uma nova geração de acordeonistas, o instrumento voltou a cair no gosto dos jovens, ao passo as facilidades para adquirir o instrumento também aumentaram, pois começaram a surgir comerciantes que importam os acordeons europeus.

O ensino do instrumento evoluiu, no sentido de uma maior facilidade de acesso a informações. Ao mesmo tempo a música sertaneja passou a utilizar mais o acordeon na sua instrumentação e hoje o mercado de trabalho para o acordeonista se ampliou ainda mais.

Você promove encontros de músicos de diversos estilos? O que dá para tirar de cada reunião? Há mais eventos do tipo previstos?

Juntamente com a Presto e o Sesc São Leopoldo promovemos o Encontro Nacional de Acordeon Presto Sesc, do qual sou coordenador artístico e idealizador.

O objetivo do evento é proporcionar um espaço de reflexão e troca de conhecimentos sobre acordeon por meio de master class, workshop, oficina, mesa redonda e concertos com acordeonistas de destaque, tudo gratuitamente.

Infelizmente para este ano não está prevista a quarta edição do Encontro.

Como funciona o trabalho com o Grupo Arte Gaúcha?

Não toco mais no grupo Arte Gaúcha porque me mudei para Santa Maria, mas o período em que toquei no grupo foi de extrema importância para mim, pois pude ter a experiência de tocar com quarteto de cordas e elaborar alguns arranjos.

Ao mesmo tempo pude tocar um repertório lindo do cancioneiro gaúcho ao lado de ótimos músicos, o que me proporcionou muito aprendizado.

Músicos praticam diariamente. São rotinas de estudos, exercícios e aplicação de técnicas que aperfeiçoam o trabalho do artista. Quais são as suas rotinas de estudo musical?

Respiro música.

Todo o tempo eu penso sobre música. Infelizmente não consigo mais ter a rotina de prática diária do acordeon como eu tive anos atrás, mas como estudo Licenciatura Plena em Música na Universidade Federal de Santa Maria e Especialização em Música na mesma universidade, estou sempre estudando música, seja na prática ou na teoria.

Como você vê a Presto inserida no seu trabalho?

A Presto ajudou a alavancar meu trabalho como professor de acordeon e também como músico. Ali pude conviver com a professora Lucia Passos e com o Ailton Abreu, e essa convivência me ensinou não apenas sobre música, mas sobre a vida.

Trabalhar com profissionais gabaritados e humanos só pode nos trazer coisas boas, pois todos crescem juntos. Na Presto pude conhecer muitas pessoas do meio musical, como o maestro João Paulo Sefrin e o Madrigal Presto, o que acarretou na participação deles no meu CD.

Como diz a querida Lucia, “somente pessoas boas ficam na Presto”.

Você indicaria a Presto para quem tem o sonho de ser reconhecido no mundo da música? Por quê?

Sem dúvidas eu indico. A Presto valoriza a música, valoriza as pessoas, valoriza o conhecimento.

Certa vez, ouvi a seguinte frase de uma pessoa que é dona de uma escola de música em outra cidade e que fazia aulas de técnica vocal com a professora Lucia: não adianta uma escola de música ter uma infraestrutura grande e um visual encantador, o que faz a diferença é o profissional que ministra a aula, e na Presto é assim.

Arte – Maria Tomaselli

Quais são os planos para o futuro? Um novo álbum? Apresentações? Parcerias?

O meu novo projeto se intitula Por Dentro do Fole, e será uma série de vídeos para o youtube no quais vou expor minhas ideias e compartilhar conhecimentos acerca do acordeon. 

Outro projeto em andamento é a minha pesquisa sobre acordeon de concerto no Brasil que está sendo realizada no âmbito da Especialização em Música da Universidade Federal de Santa Maria.

No que tange aos palcos, sigo divulgando o CD A Lua de Santiago com concertos acompanhado de quinteto de cordas ou orquestra de cordas, agregando a isso as master classes que estou ministrando e que são uma faceta do meu projeto Por Dentro do Fole.

Além disso, venho desenvolvendo outro novo projeto que é voltado para apresentações solo de acordeon em cafés e restaurantes, chamado Acordeon Café, sendo o Café do MARGS, em Porto Alegre, o principal endereço destas apresentações que trazem valsas francesas, tangos, milongas, chamamés e um pouco de música americana no repertório.

Agenda de Fernando Ávila

15/05 – Concerto com a Orquestra de Câmara da Unisc, em Santa Cruz do Sul/RS

18/05 – Acordeon Café no Café do MARGS, em Porto Alegre/RS

25/05 – Master class de acordeon na Unijuí, em Ijuí/RS

26/05 – Concerto com a Orquestra de Câmara da Unisc, em Ijuí/RS

4 e 5/06 – Master class de acordeon na Uniplac, em Lages/SC

14/06 – Concerto com quinteto de cordas no Teatro Treze de Maio, em Santa Maria/RS

26/09 – Concerto com o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, em São Paulo/SP

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Carla Saueressig da Silva

Carla Saueressig da Silva nasceu em Novo Hamburgo, em 1979. É coralista desde a infância e sempre esteve envolvida em atividades musicais. 

Começou a estudar música na pré-adolescência, fazendo aulas de flauta doce. No mesmo período, foi aluna de teclado nos Canarinhos de Novo Hamburgo, onde fez também dois cursos intensivos de férias de técnica vocal, o que lhe possibilitou prestar assessoria de preparação vocal em um dos coros do seu pai e em grupos vocais da IECLB. Posteriormente, foi aluna de teclado e piano na Escola de Música Sol e Cia, em Novo Hamburgo. Tornou-se professora particular de teclado aos catorze anos. Cantou em vários corais da região. Ao longo de sua trajetória como coralista, teve diferentes preparadores vocais e participou de oficinas de técnica vocal. 

Executou a música em casamentos e outros eventos, sozinha e com parceiros musicais. Tem experiência em assessoria particular de canto. Atuou como musicista e coordenadora de grupos de canto em paróquias da IECLB durante muitos anos. 

É formada Bacharela em Teologia pela Faculdades EST (2007), em São Leopoldo, e atualmente está cursando Licenciatura em Música pelo Centro Universitário Claretiano.

Desde 2016, integra o coral Madrigal Presto, que tem João Paulo Sefrin como regente e Lucia Passos como preparadora vocal.

Sara Fleck Ramos

Sara Fleck Ramos, 21 anos, é natural de Novo Hamburgo e iniciou seus estudos de piano aos 12. Graduanda do Bacharelado em Piano pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, na classe do professor Dr. André Loss e integrante da Orquestra do Instituto de Artes da UFRGS. Durante três anos, estudou piano no Curso de Extensão em Música da UFRGS. Foi aluna do Instituto Sonarte Canela, onde estudou Música de Câmara e Prática de Orquestra, também fazendo o trabalho de monitoria do curso de piano. Atua como professora de piano na Presto- Produções e Promoções Artísticas e faz apresentações como musicista convidada em orquestras e grupos de câmara.

Daniel Castilhos

Formado no Curso de Graduação em Música: Licenciatura – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS.  Pós-graduando em Música pela UERGS. Professor de música no Clube do Professor Gaúcho e no Centro Cultural 25 de Julho, ambos em Porto Alegre/RS.

Professor de Música da Rede Municipal de Ensino de Campo Bom/RS. Tem participado como solista convidado em Orquestras como Orquestra de Câmara Fundarte, Orquestra de Câmara ULBRA, Orquestra Sphaera Mundi e Orquestra Sinfônica Villa-Lobos/SP.

Desenvolve trabalhos de música de câmara, com diversas formações instrumentais e integra o Quinteto Persch desde o início do grupo

Luyra Dutra

Luyra Dutra natural de Juiz de fora/MG é bacharel em violoncelo pela Universidade Federal de Minas Gerais.Durante a graduação participou como bolsista de diversos projetos de extensão voltados para o ensino além de ter sido estagiária do Centro de Musicalização Integrada da UFMG, como professora de violoncelo e musicalização infantil. Atualmente é professora na Presto Produções em São Leopoldo, Nova Estação Escola de artistas em Porto Alegre e na Orquestra Jovem de Gramado. Atua como violoncelista na Camerata Presto, na Orquestra Sinfônica de Gramado e participa de outros grupos pelo Rio Grande do Sul como convidada.

Franceli zimmer

Franceli Zimmer é Fonoaudióloga, Especialista em Voz, Professora de Técnica Vocal, Cantora, Regente Coral e Pós graduanda em Música com ênfase em Educação Musical. Estudou canto Lírico e Popular com renomados professores de quem recebeu aporte técnico para atuar profissionalmente.

Realizou masterclass de canto com Carla Maffioletti, Eiko Senda, Monica Wagabi, Cintia De Los Santos, Ricardo Barp, entre outros. Realizou cursos de regência coral com Mara Campos, Márcio Buzatto, Eduardo Fernandes, Linus Lerner, Pablo Trindad  Fez cursos e workshops na área do teatro com Zica Stockmanns, Camilo de Lélis, Raulino Prezzi, Raul Voges. Atuou como Preparadora Vocal em várias montagens teatrais como do Grupo Miseri Coloni, de Caxias do Sul -RS e Cia Acto de Garibaldi- RS.

Atualmente é Regente e presta Assessoria Fonoaudiológica ao Coro da Aabb de Garibaldi-RS, ao Coro Infantil, Juvenil e Adulto de Veranópolis-RS. Presta Assessoria Fonoaudiológica e faz a Preparação Vocal  do Coro Misto Piá, do Coro Masculino Stadtplatz e do Vocal Sem Batuta.

Atualmente faz a preparação vocal, atende clinicamente no seu consultório e acompanha a carreira de vários cantores, atores, e outros profissionais da voz falada e cantada.

Aprimora seu conhecimento acerca do Canto (técnica vocal) e Voz (saúde vocal) e Regência coral participando de congressos, seminários e oficinas sobre o assunto, e  estudando Canto há anos com a renomada professora Lúcia Passos em São Leopoldo- RS.

Deborah Finocchiaro

Deborah Finocchiaro estreou no teatro em 1985. Bacharel em Interpretação Teatral na Faculdade de Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992), já participou de centenas de trabalhos como atriz no teatro, cinema e televisão. É também diretora, locutora, produtora, apresentadora, roteirista e ministrante. Ao longo de sua carreira, recebeu 33 prêmios, entre eles 9 de Melhor Espetáculo, 18 de Melhor Atriz, 1 de Melhor Direção, 1 de Melhor Texto Adaptado, 1 de Melhor Roteiro e 3 como Melhor Artista de Teatro. 

 

Em 1993 criou a Companhia de Solos & Bem Acompanhados, que tem em seu repertório, entre outros, os espetáculos “Pois é Vizinha…”, direção Deborah Finocchiaro (1993), “Sobre Anjos & Grilos – O Universo de Mario Quintana”, direção Deborah Finocchiaro e Jessé Oliveira (2006 – além do espetáculo contém CD, lançado em 2015 e DVD, lançado em 2017), “GPS GAZA”, orientação Camila Bauer (2014); “Caio do Céu”, a partir da obra de Caio Fernando Abreu, direção Luís Artur Nunes (2017) e “Diário Secreto de Uma Secretária Bilingue”, direção de Vinícius Piedade e Deborah Finocchiaro (2019). Os projetos e “Histórias de Um Canto – Memórias de Porto Alegre e do Rio Grande do Sul” (que consiste em um espetáculo solo, um recital, um show musical e um registro da obra em livro/CD – 2008), “Palavra de Bolso – Onde a Literatura ganha Voz” (2016), “Sarau Voador – Literatura e Improvisos Transcriados”(2018). As obras literomusicais: “A Espessura da Vida” (2018), “Leitura às Cegas” (2018); “Benção Poetinha”, a partir da obra de Vinicius de Morais (2018) e “Palavra Balada (2018). O espetáculo audiovisual “Invisíveis – Histórias Para Acordar”, direção Deborah Finocchiaro (2020) e a websérie “Confessionário Relatos de Casa”, direção Deborah Finocchiaro e Luiz Alberto Cassol (2020).  


Em 2014 foi a artista homenageada do 21º Festival Internacional de Teatro Porto Alegre Em Cena, ganhando a biografia “A Arte Transformadora”, escrita pelo jornalista Luiz Gonzaga Lopes, que integra o 5º volume da coleção Gaúchos Em Cena. Em 2020 foi tema do documentário “Deborah! O Ato da Casa”, longa-metragem produzido durante a quarentena, direção Luiz Alberto Cassol (2020). De 2009 a 2019 assinou a coluna de teatro na Rádio Band News FM Porto Alegre – 99,3.

gisele Cruz

Gisele Cruz é mestre em Ensino das Práticas Musicais pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e bacharel em música pela UNESP, tendo trabalhado por mais de 30 anos nos Centros de Música dos SESC SP. Ministra cursos de formação e capacitação de regentes e professores por todo o país. Atualmente é regente do VocalDante, grupos infantil e juvenil do Colégio Dante Alighieri (SP). É autora dos livros “Canto, canção, cantoria, como montar um coral infantil” publicado pelo SESC SP e, “Canto Coral Infanto-Juvenil” – versões para o educador e para o aluno – por solicitação e realização da AAPG – Associação de Amigos do Projeto Guri.

É autora colaboradora nos e-books “Cadernos do Painel – A preparação do regente”, org. Eduardo Lakschevitz (2016) e “Canto coral Infanto juvenil – ações e reflexões” org. Débora Andrade e Ana Gaborim (2020).

Site www.cantoecantoria.com.br

Cristiane Ferronato

É arte-educadora e regente Cristiane Ferronato utiliza a música como possibilidade para transcriação, valendo-se especialmente de práticas coletivas de percussão e canto coral para instigar potenciais de existência. Aprendeu com o sincretismo cultural brasileiro a valorizar e nutrir hibridismos artísticos durante mais de 20 anos de profissão. É Graduada em Pedagogia pela UCS (2003), Pós-Graduada em Capacitação Docente em Música Brasileira pela Anhembi Morumbi, de São Paulo (2006), e Mestre em História pela UCS (2020). Especializou-se como Educadora Brincante pelo “Instituto Brincante” (2007), de São Paulo, e também na pedagogia musical Orff-Schulwerk pelo “The San Francisco Orff Course” (2015), nos Estados Unidos. 

Na regência coral, inspirou-se conceitual e ideologicamente em profissionais como Mara Campos, Ana Yara Campos, Renato Filippini, Lucia Passos, Agnes Schmeling e Pablo Trindade Roballo, entre outros. Profissionais ligados à Educação Musical, como Fernando Barba, Marlui Miranda, Lydia Hortélio, Rosane Almeida, Sofia Lopez Ibor, Doug Goodkin, James Harding e Christa Coogan também nutriram suas aspirações artísticas. Ari Colares foi um de seus principais instigadores de estudos sobre percussão popular brasileira.

 

É diretora artística e regente dos espetáculos Moinho Nômade (2019-) e Contrapontos (2017-), com o Coro Juvenil do Moinho/UCS, e concebeu também os espetáculos Entre Elas (2011-2013), com as Meninas Cantoras de Nova Petrópolis e Cantos do Nosso Chão e Outros Cantos (2011-2012), com o Coro Infanto-Juvenil de Veranópolis e grupo Zingado.

Atualmente é professora no Curso de Licenciatura em Música da Universidade de Caxias do Sul e regente e diretora artística do Coro Juvenil do Moinho/UCS.

 

 

Informações sobre o produto de pesquisa do meu mestrado, que incluem um vídeo-documentário (Moinhos Artistadores de Histórias) e uma dissertação (Jovens que cantam em bando: uma prática interdisciplinar e contemporânea de canto coral em Caxias do Sul) podem ser conferidas no site: http://artistamentosembando.wixsite.com/cristianeferronato/mestrado

(vou falar desses produtos em meu vídeo/palestra)

E mais informações podem ser conferidas nas redes sociais do Coro Juvenil do Moinho/UCS, grupo atual com quem trabalho:

https://www.facebook.com/CoroJuvenildoMoinho/

https://www.instagram.com/corojuvenildomoinhoucs/

https://www.youtube.com/channel/UCwtivWHYc28R8UY5mJZkKTQ

regência Coral Adulto

  1. Pensando sobre Regência

O que é REGÊNCIA?

Pequeno histórico sobre a regência;

Afinal de contas, o que é REGER?

O que um regente deve saber para reger um coro?

Regência e técnica vocal – qual a relação entre elas?

O regente e o preparador vocal;

 

  1. Pensando sobre a Técnica

A postura do regente;

Postura inicial;

Preparação – levari – respiração;

Marcação de compassos de 2, 3 4 e 6 tempos;

Inícios e finalizações nos vários tempos de cada compasso;

Entradas e cortes das vozes no decorrer da música;

Mão direita e mão esquerda – quais suas funções?

 

  1. Pensando sobre a Prática

O regente deve ou pode cantar enquanto rege?

Como ler uma peça com o coro?

Como ensaiar uma peça?

 

Como ensaiar uma parte mais complexa de uma peça?

Como dar o tom de uma música para o coro?

Como escolher o repertório?

 

  1. Prática

Praticar, aos olhos da técnica de regência, trechos e/ou pequenas peças e

experimentar muitas sensações.

Carlos fecher

Carlos Völker-Fecher iniciou seus estudos de Música com Gilberto Bittencourt. Com ele teve seus primeiros passos também no estudo da Regência.

Formou-se em Regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, na classe de Ernani Aguiar, concluindo seu bacharelado com a ópera Der Freischütz.

Integrou a Equipe Curt Lange com Ernani Aguiar, Aluízio Viegas, Alex Milagres, Geraldo Barbosa e Francisco D’El Rey Duarte.

Foi regente do Coro Contraponto de 1990 até 2010. Com este coro conquistou as medalhas de bronze – coro masculino – e ouro – coro misto no Harmonie Festival 2005, ocorrido em Lindenholzhausen-Limburg, na Alemanha.

Atuou também como maestro de coro junto a diversos nomes da música popular.

Foi cantor lírico do Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Esteve à frente de diversas orquestras brasileiras, das quais destacamos a Orquestra Sinfônica da UFRJ, Orquestra de Câmara da UNIRIO, Rio Strings Orchestra, Orquestra Sinfônica Nacional.

Mestre em Música, com habilitação em Musicologia, defendeu a dissertação “Suíte Sinfônica n.1 ‘Paulista’, de Guerra-Peixe: um estudo da orquestração como retrato do folclore”.

Doutor em Música, na subárea Práticas Interpretativas/Regência Coral pela UFRJ, onde defendeu a tese “A Missa Afro-Brasileira de Carlos Alberto Pinto Fonseca perante as prescrições litúrgicas da tradição católica”.

É professor de Regência na Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e maestro e coordenador da Orquestra do Instituto de Artes da UFRGS.



João Antônio Borba

Em breve…

Vinicius Reis

Em breve

Luciano Reis

Iniciou seus estudos musicais em 1997  no Projeto Sinos Acorda da UNISINOS sob a orientação do maestro José Pedro Boéssio, desenvolvendo prática em orquestra e em grupos de câmara. Estudou viola com o Professor Delmar Breunig.  Atua em diversas formações camerísticas e também como professor de viola e violino em escolas e  projetos sociais na região.

Filipe Muller

Graduou-se na UFRGS no curso  Bacharelado em Contrabaixo e desde 2004 atua na Orquestra de Câmara Theatro São Pedro . De 2010 a 2017 atuou na Orquestra Filarmônica da PUC.

Desde 2015 atua na Orquestra Sinfônica de Gramado. Também trabalhou nas seguintes orquestras: Orquestra Sinfônica de Santa Catarina (2002 e 2003), Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica da UCS, Orquestra de Câmara da ULBRA, Orquestra Sacra da ULBRA, Orquestra Sinfônica da UNISINOS, Orquestra de Câmara da UNISC, Orquestra de Câmara de Feliz, Orquestra do Projeto Vésperas, Orquestra de Câmara SESI- Fundarte, Orquestra de Sopros do Centro Cultural Eintracht. Em 2020 passa a integrar a Camerata PRESTO.

Eduardo Lautert

Em breve

Castro Alves, poeta de nosso tempo?

Por que dar voz e palco a um poeta do século dezenove? Em que medida podem seus versos provocar os corações e mentes de uma outra época, submissa à magia das novas tecnologias e blindada pela linguagem da urgência e dos distanciamentos?

 

A resposta é menos complicada do que parece: Castro Alves é, mais do que nunca, um poeta contemporâneo. Sim, ele fala também a nosso tempo, através da indignação de seus versos. Porque, hoje, o mundo pode ser injusto e cruel, tantas vezes interessado na exclusão social, na exploração de outro tipo de senzala, na privação do mais sagrado dos direitos: o direito à Liberdade. Representam seus versos, assim, a voz dos injustiçados, dos perseguidos, dos insubmissos.

 

E, nos poemas que exaltam as guerras da Independência e do Paraguai novamente cresce a denúncia contra a indiferença – estigma também de nosso tempo. (“Quem dá aos pobres, empresta a Deus”)

 

Poeta sem rival da alma brasileira, traduziu com rara felicidade, a graça de um amor cheio de som e risos (“O laço de fita”) e a sensibilidade acolhedora da música. (“O fantasma e a canção”).

 

Por fim, e não menos importante, quantas vezes já se ouviu, nos bancos escolares e no saguão das bibliotecas, o hino apaixonado ao livro e às letras, marco civilizatório sem rival, traduzido em “O livro e a América”?

 

É preciso dizer mais? Ouçamos Castro Alves e nos rendamos a seus versos que transcendem o tempo e o espaço!

 

Elvira Coelho Hoffmann