Ministério da Cultura e Presto Produções e Promoções Artísticas, apresentam Projeto MusiCâmara 2023
A última noite de concertos do Festival MusiCâmara apresenta um Encontro de Coros, dia 14 de julho, sexta-feira, às 20h, na Igreja do Relógio (Rua Osvaldo Aranha, 450) em São Leopoldo. Entrada Franca.
O Madrigal PRESTO, de São Leopoldo, será o anfitrião da noite, que recebe o Coral União de Estância Velha, Coral Júlio Kunz, de Novo Hamburgo e o Coral Jovem do Moinho, de Caxias do Sul.
Homenagem à Agnes Schmeling, in memorian
O encontro prestará homenagem à maestrina Agnes Schmeling, falecida em junho de 2023, que foi referência nacional no canto coral, em especial junto aos coros infantis e infanto-juvenis.
Amigos e ex cantores de toda a região, se reunirão para interpretar duas músicas, para celebrar a vida, o trabalho e o legado deixado pela querida maestrina.
MusiCâmara 15 anos
Ao longo de 15 anos, a PRESTO realizou o Projeto MusiCâmara, tendo realizado mais de 170 concertos, com público estimado em mais de 65 mil pessoas nas cidades de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Sapucaia do Sul, Esteio e Canoas. Através de uma parceria permanente com a SMED – Secretaria Municipal de Educação, músicos estiveram em sala de aula, falando diretamente aos alunos sobre os diversos aspectos que compõem a realização de um concerto, impactando mais de 10 mil alunos.
“A Presto vive de muitos sonhos e realizações!
Nos 15 anos do Musicâmara conseguimos tornar possível aos músicos e ao público ,que sempre nos prestigia, a oportunidade de fazer música e ouvir música do mais alto nível.
É um presente que a Presto oferece à comunidade de São Leopoldo e região, trazendo músicos brasileiros e internacionais para os mais de 170 concertos nesses 15 anos .
Tudo isso só é possível pelo apoio recebido dos patrocinadores e apoiadores, através da Lei Rouanet, realizando nossos sonhos. Nosso agradecimento a todos”.
Lucia Passos
“A realização de um Projeto Cultural que ocorre há 15 anos, mostra o quanto acreditamos no poder transformador da música e da cultura na vida da sociedade. Estou particularmente orgulhoso do trabalho que temos feito. Agradeço imensamente a receptividade da comunidade, dos amigos, parceiros e patrocinadores, que acreditam e seguem conosco ao longo destes anos. Gratidão!“
Ailton Abreu – Produtor Cultural
Madrigal PRESTO
O Madrigal PRESTO, criado em 2008, é formado por 30 cantores e tem regência de João Paulo Sefrin e técnica vocal de Lúcia Passos. Seu principal objetivo é difundir a música erudita, buscando a excelência artístico-musical na interpretação de obras de destacado valor no repertório coral, escritas para essa formação, além de interpretar obras de compositores brasileiros em primeira audição e arranjos de música popular brasileira.
Tem se apresentado em eventos culturais, festivais de coros no Rio Grande do Sul e em outros estados. Em 2012, apresentou a Missa Brevis de Joseph Haydn com a Orquestra de Câmara FUNDARTE. Nos anos de 2013 e 2014, participou da Metaphisica Simphonia Coral com a Orquestra do Recanto Maestro.
Em 2015, participou da turnê Mestres da Música Clássica, que percorreu 08 cidades do estado, interpretando a Petite Messe Solennelle de Rossini, obra para coral, piano, órgão e quarteto vocal solista. Realizou o Credo de Vivaldi na abertura das comemorações de 10 anos do projeto Musicâmara. E, no ano de 2017, apresentou a obra Messias, de Händel, ao lado da orquestra de Câmara do Theatro São Pedro.
Para comemorar seus 10 anos de existência, inúmeras atividades foram realizadas, dentre elas, uma turnê envolvendo apresentações e concertos em várias cidades do estado de Minas Gerais. Para isso, o grupo, formado por voluntários, precisará do apoio e das contribuições de pessoas que reconhecem o valor e a importância desse trabalho artístico, uma vez que o Madrigal Presto não conta com patrocínios públicos ou privados.
Em 2021 o Madrigal Presto participou da Paixão de Dante no Teatro São Pedro em Porto Alegre. Já em 2022, no Recanto Maestro apresentou a Metaphisica Sinfonia Coral, ambas compostas por Vagner Cunha.
Em 2023 o Madrigal PRESTO celebra 15 anos de atividade.
Coro Júlio Kunz
Em 1824 chegavam ao RS os primeiros imigrantes alemães, ávidos por desbravar a nova terra. Esperançosos e cheios de ideias, traziam na bagagem as suas tradições culturais e o gosto pela música e pelas artes. O canto em grupo, quando se reuniam em encontros informais ou familiares, era o meio que encontravam para expressar sua alegria e devoção a Deus. Foi assim que surgiu a idéia de formar uma sociedade cultural que tivesse a responsabilidade de preservar a tradição e cultivar o canto coral em nossa região.
A assembleia de fundação deu-se no dia 4 de maio de 1888, no velho salão de Philipp Schmitt. Decidiu-se denominar este Gesangverein, ou seja, esta sociedade de canto, de Frohsinn, espírito alegre, tendo como principal objetivo o cultivo do canto alemão e o congraçamento permanente dos associados. Assinaram-se os estatutos, onde se estabeleceu a mensalidade em 500 réis. Decidiu-se também pela compra de 36 Notenbücher – livros de canto. Em junho daquele ano, o Gesangverein Frohsinn contava com 77 sócios, dos quais 32 eram ativos. Em junho de 1889, foi adquirido um piano novo e, a partir de maio de 1890, o Frohsinn procurou oferecer aos associados noitadas teatrais e Kränzchen – reuniões dançantes, que serviram de inspiração aos Hausmusik que foram
resgatados partir do ano do centenário.
Em novembro de 1891, o até então regente Karl Lanzer foi substituído por Julius Kunz, cujo dinâmico trabalho trouxe ainda maior motivação ao coral. Os ensaios realizavam-se às 3ªs e 6ªs feiras. Em 1897, Julius Kunz, como presidente, deixou de reger o coral, passando este cargo ao Sr. Samuel Dietschi.
Foi na virada do século que o Frohsinn conseguiu adquirir, com muita luta, a sua 1ª sede própria, prédio existente ainda hoje na Gen. Osório, no bairro de Hamburgo Velho (Hamburgerberg). Marcava-se aí o início de uma nova fase na vida do Frohsinn. Na verdade, a passagem para o século XX fez o Frohsinn sofrer uma série de adaptações e transformações.
Sofreu, por exemplo, as conseqüências de dois conflitos mundiais que representaram épocas muito difíceis, tendo que mudar o seu modo de atuação e, principalmente, o seu repertório, composto basicamente de músicas alemãs.
Passada a 2ª Guerra Mundial, em 1949, os presidentes da Sociedade Atiradores de Hamburgo Velho, do América Tênis Clube (Denkmalsverein) e do Frohsinn acharam por bem formar uma nova sociedade mais pujante e atuante, surgindo daí a Sociedade Aliança de hoje O prestígio do Coro pôde ser mensurado quando da visita do então Presidente da República, Juscelino Kubitscheck, ao Rio Grande do Sul, em abril de 1956, quando foi convidado a saudá-lo, a convite das “Classes Conservadoras Gaúchas”. Em seu discurso em nome do grupo, o coralista Erly Poisl traçou o perfil da composição do Coro Orfeônico da época, com as seguintes palavras ”O conjunto coral que aqui está é composto de descendentes em terceiro e quarto graus dos imigrantes germânicos colonizadores da encosta da serra em nosso Estado. Exercendo na indústria e no comércio as funções de gerentes, diretores, guarda-livros, encaixotadores, caixeiros de armazéns, fundidores, alfaiates, torneiros, químicos, economistas, mecânicos, vendedores, soldadores, marceneiros, eletrotécnicos, sapateiros e donos de depósitos de couro, de curtumes, de fábricas de calçados, somos levados a nos reunir uma vez por semana para, em comum, praticar a arte do canto e da música.”
E mais adiante: “ As faltas aos ensaios nos custam cada vez Cr$ 5,00, que são drenados para uma caixa comum, cujo produto transformamos em chopp e sanduíches nas festas de encerramento de cada ano de atividade social. Quando falta rateamos de forma salomônica.”
Depois de 70 anos de coro masculino (o Coro Polifônico Júlio Kunz), surgia o Coro Misto da Sociedade Aliança. Conta-se que muitos homens não gostaram da idéia, “afinal de contas, o que queriam essas senhoras e senhoritas fazer na Sociedade às 6ªs feiras à noite, horário sagrado dos homens para seus encontros em que se contavam piadas, bebia-se uma cerveja e, entre uma e outra, ensaiava-se?” Mas a intromissão feminina no mundo masculino já ensaiava seus primeiros passos de uma caminhada irreversível. Elas vieram e ficaram. Estamos no final dos anos 50. O regente da época era Oscar Kunz, até 1962/1964, período em que assumia gradativamente o Prof. Osório Stoffel.
Em 1963, o Coro se apresentou na Iª Fenac. Em 1970, o Coro se apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência do maestro Pablo Komlós.
Em 1980, o Coro lançou o seu 1º e único LP. Em 1981, depois de 12 anos, o Coro voltou a interpretar a cantata Cênica de Carl Orff, Carmina Burana, com outros corais, balé e a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre. Em 1985, o Coro participou da Missa de Ação de Graças na Catedral de Brasília para o então Presidente da República, José Sarney No final de 1986, o Maestro Osório Stoffel deixa o JK, depois de 24 anos a sua frente. O Coro atravessa uma forte crise, pois um grande número de cantores antigos também deixa o grupo e há indícios de dissolução do coral. Mas mais uma vez a instituição prevaleceu. 1987 começa tímido e termina grandioso, com a contratação do Maestro Bernardo Schneider e do Prof. de Técnica Vocal e barítono Decápolis de Andrade. Houve uma renovação significativa dos cantores e do repertório.
1988 foi o ano do Centenário da Sociedade Aliança, por isso, um ano cheio de
compromissos para o coral e, sobretudo, o ano de preparação para a grande viagem à Europa (Alemanha e Dinamarca). Quase um sonho, foi pura realidade.
Em 1993, o sonho se repete e o grupo volta à Europa. Foram 30 dias pela Alemanha, República Checa, Hungria e Áustria, em uma viagem inesquecível.
No ano de 2000, O Coro Júlio Kunz realizou o musical “Viva o Rabo do Tatu”, um marco para o coro, que teve atuação cênica e também shows com a dupla
Kleiton e Kledir. Em 2001, participou do show “Tributo ao Rock” com a conceituada Banda The Travellers.
Em 2009, o Coro realizou um encontro de ex cantores:
No ano de 2013 o Coro Júlio Kunz, nas comemorações dos seus 125 anos, apresenta a Missa Festiva de John Leavit.
Em 2014, o Coro Júlio Kunz levou aos palcos de Novo Hamburgo a Opereta “A Noiva do Condutor”, do compositor brasileiro Noel Rosa.
No ano de 2018, o Coro Jùlio Kunz completou 130 anos de existência e marcou a data com um Concerto, reunindo ex-regentes e ex-cantores:
Neste ano de comemoração do aniversário de seus 130 anos, o Coro Júlio Kunz foi um dos grupos homenageados com o Troféu Conselho Estadual da Cultura 50 anos.
Durante o período da Pandemia do Covid-19, houve a necessidade de suspender as atividades presenciais, mas o Coro manteve os seus ensaios através de plataformas eletrônicas, com ampla adesão dos cantores, e produziu oito vídeos, disponibilizados ao público através de mídias digitais, como Facebook e Instagram, a saber.
No segundo semestre de 2021, foram retomados os ensaios presenciais e, com a abertura para a realização de apresentações ao vivo, com público, dois espetáculos foram realizados no mês de dezembro: Concerto Natalino na Igreja Evangélica Três Reis Magos, de Hamburgo Velhos e Apresentação de Concerto de Natal no ciclo de Concertos de Natal da Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, na praça central da cidade.
Coral União
O CORAL UNIÃO, da cidade de Estância Velha/Rio Grande do Sul/Brasil, foi criado em 1894 por uma comunidade de imigrantes e descentes de imigrantes alemães no vale do Rio dos Sinos. Este coral, que possui 129 anos de atividades ininterruptas, deu origem à SOCIEDADE DE CANTO UNIÃO: um clube que se mantém ainda vivo e em plena atividade!
É certamente um dos coros mais antigos do Brasil e um patrimônio em sua comunidade, de um valor inestimável. Agradecemos a Prefeitura Municipal de Estância Velha por todo apoio e incentivo.
Desde 2017, está sob a presidência de Ândreas Mentz e tem como Maestro Martin Alexandre Altevogt. Com mais 25 anos de experiência profissional, Martin é formado em Regência Coral pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-graduado em Regência Coral pela Universidade Federal da Bahia.
Coro Juvenil do Moinho/UCS: 10 anos de história
O Coro Juvenil do Moinho/UCS (COJmo) é um grupo independente, que desde 2013 investe numa prática coral multifacetada, oferecendo atividades gratuitas a jovens cantores que tenham entre 15 e 30 anos, com ou sem experiência vocal, envolvendo ensaios regulares e oficinas de prática coral e de consciência de si sob uma abordagem interdisciplinar, visando potencializar sua ação como artistadores da vida.
O COJmo busca proporcionar a toda comunidade caxiense e da região uma oportunidade de prática artística democrática, acessível a quaisquer interessados e, por não fazer distinção de cantores nem seleção de elenco, não cobra nenhuma mensalidade dos integrantes. Essa confluência de integrantes vindos de distintas regiões da cidade e distintos credos, classes sociais, faixas etárias, religiões etc., confere ao grupo uma característica de “microcosmo” social, onde as diferenças se somam e se potencializam. Na prática do grupo, o outro vira espelho e permite o exercício do revisitar identidades possíveis, através de trocas afetivas e artísticas.
Um coletivo que percebe cada um dos cantores como cidadãos, o COJmo atribui tratamento profissional a esta prática social e artística, que vem buscando, ano após ano, consolidar e expandir sua trajetória como importante expoente da cultura coral do Estado.
Mais do que isso, o COJmo confere à sua arte um conceito de “afinação energética”, ou afinação afetuosa, pois entende também que os seres humanos crescem mais e melhor quando estão em contato com outros pares. Da multiplicidade cria-se o entendimento de si e do outro, potencializando possibilidades de ser, estar e agir no mundo.
O grupo realiza apresentações artísticas e culturais com ênfase em canto coral juvenil contemporâneo, propondo repertório e arranjos pensados sob medida para o grupo, buscando afinar-se conceitual e musicalmente em suas cenas e discursos, em diversas apresentações na cidade, região e estado. Além disso, o COJmo é composto por uma equipe de parceiros e aliados que, juntos, constroem quereres e instigam encontros, tonificando qualidades da arte de cantar, ser e crescer. Na magia dos atravessamentos que transcendem os arranjos, o grupo busca ultrapassar sons e tons, furar superfícies e se alinhar no poder de bando e da multiplicação dos afetos através da Arte/Música.
O grupo foi criado pela sua regente e diretora artística, Cristiane Ferronato, no final de 2013. Conta atualmente com Giovane Albarello na percussão e Julio Sosnoski como pianista. Na produção cultural está a Lynch Gestão Cultural.
PROGRAMA
Madrigal PRESTO
Felix Mendelssohn (1809 – 1847)
Abschied vom Walde
Joseph Rheinberger (1839 – 1901)
Abendlied
Sergei Racmaninoff (1873 – 1943)
Aive Maria
Felix Mendelssohn (1809 – 1847)
Salmo 100
Regência: João Paulo Sefin
Preparação vocal: Lúcia Passos
Coral União
Antonio Augusto Ferreira/Ewerton Ferreira
Arranjo: Nestor Wehnholz
Veterano
Zé Kéti
Arranjo: Manuel Figueiredo de Abreu
A voz do morro
Chacho Echenique
Arranjo: Liliana Cangiano
Doña Ubensa
Rodolfo Vidal
Arranjo: Pablo Trindade-Roballo
Ronda de Candombe
Regência: Martin Altevogt
Coral Júlio Kunz
Música de Fernando Mattos
Poesia de Ana Maria Ribeiro Althoff
Toda Noite
Caetano Veloso
Arr. Marcos Leite
Lua Lua Lua Lua
Luiz Coronel
Arr. Luciano Lunkes
Gaudêncio 7 luas
Gijs Andriessen e Juca Filho
Arr. Patrícia Costa
Todos Nós
Regência: Volmir Jung
Preparação vocal: Regina Machado Schaumlöffel
Coro Juvenil do Moinho/UCS
Lenna Bahule
Adaptação: Teco Galati
Nômada
Serena Assumpção e Gilberto Martins / Gospel
Arr.: Teco Galati
Obaluaiê/Deep River
Dorival Caymmi
Arranjo: Teco Galati
Lenda do Abaeté
Popular brasileira/André Bala Bala
Arr.: Mara Campos
Tuinha/ Pele de Couro
Regência: Cristiane Ferronato
Patrocínio
Meta
Apoio
Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em São Leopoldo
Silvio R Moraes Advogados Associados
Produção Cultural
Ailton Abreu
Coordenação Geral
Lúcia Passos
Serviço
O que: Festival MusiCâmara 2023 encerra com Encontro de Coros
Quando: 14 de julho – 20H
Onde: Igreja do Relógio (Rua Osvaldo Aranha,450 – centro) – São Leopoldo
- Entrada Franca